lunes, 30 de junio de 2008

Eu espelho você

Não sei se a poesia é droga ou terapia.
Sem ela o que eu seria?
Uma mente embolada e uma barriga cheia?
O surfista que chama o caos de sereia?
Não sou viciado e nem sei se devia...
Não sei se é droga ou terapia.

Porque começar? Será que devia?
Parir mais outra, me embreagar de poesia.
Ei, você aí, por que não me guia?
Porque não assobia um dia desses,
Esse silêncio me incomoda.
Por que cê me esnoba?

Não vou parar,
Embreagado é bem mais fácil de tragar
O amargo do meu ser.
Sim!
Eu posso me chutar
E amar você!
Eu não vou me insultar se lhe dizer
Aquilo que ninguém me fez ouvir.

Vários pneus lambem pedras milenares.
Vai um dos meus para as zonas militares.
Vou eu pelos ares,
Me falta ar.
Arestas para aparar:
Quem sou eu depois que você me falar
Quem sou eu?
Sim, quem sou depois que você me falar
Que eu sou eu?
Dizer eu, eu sei.
O que é eu você não sabe,
Sabe por que?
Porque você não é eu, é você.
Quando você disser que eu sou eu,
Eu já não sou do jeito que eu sou em você.
O que está em você não sou eu,
É você refletido.
Eu sou um espelho, você também,
Como a gente pode saber quem é quem?

1 comentario:

João dijo...

ah desgraçado, quer me deixar maluco? Pegue leve nesse raciocínio! parabéns!