domingo, 23 de diciembre de 2007

Eu já escrevi um dia que eu preferia Mv Bill a Racionais. Retiro o que disse.
Simplismente nós temos bastante bom rap no Brasil, não conhecia suficiente racionais o suficiente. Agora conheço bastante dos dois e prefiro racionais.
Se daqui a 6 meses eu mudar de opinião outra vez, AMÉN!
"Tirei um dia a menos ou um dia a mais, sei lá...Tanto faz, os dias são iguais.Acendo um cigarro, vejo o dia passar.Mato o tempo pra ele não me matar." Diário de um detento, Racionais mc´s.


O sentido da vida, muita gente se pergunta. Se quando você é jovem você pensa na vida como uma degradação de posibilidades, para de foder, parar de comer, parar de viver, ou seja, a vida puramente animal, se pode dizer que o sentido da vida é autoconsumirse. Se quando você é jovem você acredita que a vida deve ser aproveitada não como repetição do mesmo, mas como abertura de novas posibilidades, que a cada momento você se sente melhor, com menos defeitos frente a si mesmo, os anos parecem riquezas.

Eu, Pablo, as vezes tenho a sensação de ter certeza do sentido da vida. Também chego no outro extremo, descrença total de qualquer facilidade. Você alguma vez já teve a sensação de que sua vida, mesmo com problemas, estava cada vez mais sob seu controle?
Meus pais, os melhores que eu conheço, desculpe a falta de modestia.

miércoles, 19 de diciembre de 2007



Capitalismo selvagem.


Enquanto uns correm para fazer a "melhor marca do mundo", mesmo que seja por um segundo, os outros se atropelam. No esporte acontecem de vez em quando, são todos profissionais...na vida, somos todos amadores.


Essa foto, por sua confusão e quantidade de azar acumulado, me parece a visão teórica que eu tenho do mundo. Em quanto a visão prática, eu me sinto aqueles que correm do lado, mirando seus objetivos, sem se dar conta de que acaba de escapar de um mega tombo.


Que loucura é essa caralho? É difuder por que penetra pelo corpo, me faz sentir o vento suave fresco no rosto, o capacete tranquilo na cabeça, as rodas rodando. Porém é simplismente uma conexão contraditória.


A PERCEPÇÃO DA CONTRADITORIEDAD DA VIDA FAZ BEM.

sábado, 15 de diciembre de 2007





O amor de mãe é igual o amor de Deus, não existe, se não se origina e se mantém com a vida. Nada se sabe, nada se sente antes, então nada somos.
Tudo é fantasía, tudo é sonho. Afinal, quando você está acordado, em algum momento você chega a ser mais que pensamento e sentimento?
De pé, vigilia, claro, constância; dá pra saber mais o menos o porquê das coisas. Porém para conseguir escolher o que ser tantas vezes bem, não sei, não tem quem. Além do que, não sei pra você, pra mim a maior parte dos atos são inconscientes ou inconsequentes, meus pensamentos são apenas estructuração das condições de posibilidade, mas as escolhas que faço acabam sendo bastante determinadas pelos meus sentimentos, minhas necessidades, minha sociedade.
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DAVID HUME é inspiração de boa parte dos meus pensamentos dessa semana.

Tudo passa. Vai passando e deixando pedaços. Com minha linha de pensamento penso que tudo enlaço.

Eu também passo, passeando, seguindo a sorte e o azar no rastro. Meus pedaços também vão ficando, o azar desatando os laços. A sorte tá lá na frente, o azar já vem ao meu lado, cantando uma música que não entendo e nem acho engraçado.

Perdido no nevoeiro, com o azar abraçado, desperto de um pesadelo com o amor ao meu lado. Pedindo que eu não me esqueça que sorte é fazer pecado.

A morte é pensar que a vida é muito maior que o passado. Acorde do pesadelo de querer ser mais que pedaços de espelho num saco cheio de buraco.

Eu não sou pessimista, só estou meio atrapalhado. Se eu fosse mais economico ficava calado. Mas se eu não sei o porquê de ficar de pé ou deitado, pelo menos eu escrevo e vejo que tá tudo errado.

Eu não sei mais escrever. Isso é coisa do passado. Meu pensamento só anda e grita se for rimado. Tudo que sai desconexo parece desconectado. São três da manhã, vou dormir, tô cansado.

viernes, 14 de diciembre de 2007



Nome e Verdade
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O que posso saber
se não tenho nem um nome de verdade?
Na realidade meu nome é dois.
São um em cada localidade.
Um parece muito mais novo,
mais os dois tem quase a mesma idade.
Eu que não sei quem sou eu,
nem tenho um nome de verdade.
Foi culpa da minha paternidade,
dado a sua nacionalidade estranha a brasileira,
extrangeiro cheira o nome.
No resto muda a metade;
Majestade Silva e dois nome gringo repetindo:
"Estamos a vossa vontade."
Mesmo que o sol venha todo dia,
Eu nunca vou acreditar que conheço a sua vontade.
O sol pode ter outra mania
e a natureza mudar de cidade.
Deus pode ter outro nome
se até cruz tem santidade.
Ferramenta de suplicio
como forca enforca a sociedade
que se tirou do precipicio;
está acabando a eternidade.
Eu já sei que não tem nome
que diga o que eu sou de verdade.
Então pra que serve tanta letra
e tanta rima, como pode tal faculdade?

viernes, 9 de noviembre de 2007




Me sinto gratificado pela experiência de convivência pacífica e até muitas vezes agradável das outras pessoas.

Não costumo alterar o meu estado de receptividade por conta de pequenos desentimentos do cotidiano. Quanto mais o tempo passa as relações ficam menos tesas, os ânimos mais tranquilos, tenho menos preconceitos.

Será juventude, sorte ou normalidade?

Conhecer os outros é a forma mais prática de conhecer a sí mesmo. A existência alheia não parece, em nenhum momento, radicalmente diferente da minha. Os atos, quanto mais os conheço, parecem mais explicaveis, justificaveis, no mesmo tanto que os meus são justificados. A máxima discordância não saí do mesmo campo, o mais transformador sentimento alheio sempre poderia ter sido sentido por mim, desde que eu estivesse na situação dele.

Sentir é fonte de conhecimento mais relevante que pensar.

sábado, 29 de septiembre de 2007

A mesma face em dois lados da moeda!




Hoje pela tarde, mesmo a distância, fui arrebatado mais uma vez pelo poder das novelas no Brasil. Afinal, ontem era dia de fim de novela e, como nós sabemos, fim de novela, fim de BBB e fim de copa do mundo são da maior relevância para o futuro dos brasileiros, sempre são muito comentados e discutidos, antes, durante e depois.
Wagner Moura é o protagonista de duas obras provavelmente opostas entre si, ambas violentas, de diferentes formas. Eu não vi “Paraíso Tropical”, mas não hesito em dizer que é ridiculamente fútil se comparada a “Tropa de Elite”. Essa expõe e discute problemas sérios da sociedade brasileira, vividos todos os dias e cada dia mais por cada um de nós como violência, desigualdade, corrupção, alienação, etc... Aquela cria uma trama burguesa fantasiosa com o intuito de, a qualquer custo, manter a maior quantidade de pessoas presas em frente a televisão, se aproveitando de nossa curiosidade torpe e da calamitosa falta de opções de entretenimento, principalmente para o público de baixa renda. A pior prisão é a que tenta guiar o nosso pensamento.
Wagner Moura, meu querido conterrâneo, você faz novela por dinheiro, prazer artístico ou como “enzima” na sua carreira? Você não acha que a novela feita hoje no Brasil é prejudicial a capacidade crítica da população? Você acredita que a novela pode assumir uma “responsabilidade social”?

As novelas são vistas durante todo o ano, várias simultaneamente. Filmes com responsabilidade social e conteúdo crítico são muito menos comuns na nossa telinha. Porque as novelas não podem ter responsabilidade social e conteúdo crítico? Porque não é do interesse de quem patrocina a novela, a elite e a classe média que o povo tenha consciência social e capacidade crítica. Os protagonistas do sistema querem o povo fútil. Eu faço parte da elite, isso é uma autocrítica.

lunes, 24 de septiembre de 2007

O Bicho Papão do momento: “O Sistema”.

“O Sistema” tem vontades, tem defeitos e qualidades, inclui todas as pessoas do mundo, é responsável por grande parte dos nossos problemas; não está mais do que claro que o sentido de “O Sistema” precisa ser esclarecido?
É muito fácil culpar “O sistema” pelos problemas sociais e não resolve nada. Eu acredito que esta expressão se refere ao sistema de exploração da maioria da população pelas elites, mas a complexidade da forma de exploração se perde quando se resume a essa expressão. “O Sistema” está dentro de cada um de nós, influenciando em cada um de nossos atos e, principalmente, nossas vontades. É aí que está o principal fator de exploração, que na maior parte do tempo fica encoberto e por isso não se percebe como “reagir” a opressão do sistema. O principal momento de exploração não é o pagamento do salário, é aquilo que se compra com ele, e mais além, aquilo que se quer comprar. A alienação das vontades atinge com a mesma intensidade todas as classes sociais, é ela a principal “engrenagem” do sistema.
Os pobres sentem-se prejudicados por não poder ter o que os ricos têm e guiam a vida para conseguir um dia serem ricos; os ricos sentem-se especiais pelo que têm e guiam a vida para manter o que têm e conseguir mais, afinal “as posses nunca são suficientes” é característica essencial do sistema. Estão tão absorvidos na falsa importância de um carro de luxo ou um tênis caro que não percebem que os principais problemas sociais e pessoais não têm nada a ver com nossas posses. Existem exceções nas duas classes, mas o “sistema” insiste em posicionar as pessoas num lado ou em outro, dependendo da situação.
O “sistema” é o “qualquer”, o “homem-comum”, o “bom-senso”. É claro que o “sistema” é mal, perverso, todos sabem. Porém poucos se comportam contra a regra básica do sistema, “as posses nunca são suficientes”. Se “alguém” tivesse que viver na época da escravidão no Brasil e pudesse escolher entre nascer branco filho de Português ou negro filho da África, que escolheria? E hoje em dia, em Salvador da Bahia, nascer filho de pedreiro ou de engenheiro? Seja qual for, queremos ser aquele que tem mais dinheiro. A gente reafirma o sistema todos os dias, seja na frente da televisão, fazendo compras ou trabalhando feito um escravo na construção de um edifício de luxo.
Quem sabe eu não escrevo mais sobre o sistema? Eu gosto desses temas de sistema.

viernes, 14 de septiembre de 2007






Mas uma vez, quero escrever por acreditar que posso transmitir claramente toda aquela sensação de plena absorção da vida, de serenidade, mas não sei como começar. De que dizer, se eu sei tudo mas não sei nada determinado? Ou será que, exatamente por eu ser indeterminado, eu acredito que “já sei tudo”? Estando infiltrado em tudo, sendo o que dá fluidez ao mundo, eu acabo por me confundir com o mundo, confundir o “ser” com o “saber”.
Acabo de deixar a torneira da mente aberta ao máximo. Dá um pouco de vergonha, molha, é um pouco incomodo, mas de algo deve servir. Eu tento escrever aquilo sabendo, desde o principio, que os caminhos que meu pensamento trilhou no primeiro momento provavelmente não conseguiram se encaixar plenamente no momento de escrever, nem entre si nem com a atual vontade de escrever. Mas quando eu releio absorvo algo em/de mim, algo bruto que eu não conseguiria absorver se no momento de escrever eu fosse plenamente critico comigo mesmo, ou seja, se eu fosse comedido. Vamos tentar reescrever o último parágrafo, agora com cuidado, agora que já sei sobre o que escrever, escrever sobre o escrever:
No momento que começo a escrever sem saber exatamente o porquê, a confusão mental me leva a escrever que sei de tudo, que vivo a vida “bem vivida”. Frente a essa ridícula afirmação por escrito, repetida mil vezes dentro de mim desde sempre (como se um oráculo de mascarados continuamente aprovassem meu viver), eu tento construir um pensamento baseado em algo que eu já pensei para me contradizer, ou seja, para escrever minha contradição e acabar bem o parágrafo. O problema é que essa turba de pensamentos é o suficiente para tornar o parágrafo nublado e escorregadio, servindo apenas para um estudo parecido com o que os homens fariam com os extraterrestres, se eles pudessem ser descritos com o mesmo boneco de palitinhos, apenas com a cabeça um pouco maior.
Outra vez, no final do parágrafo, não resisti em desembestar em exemplos loucos e impróprios. Gostei, vou tentar desembestar agora de forma mais desvairada.
“Onde cê vai eu também vou”, disse Raul. Ou seja, nós todos vamos para o mesmo lugar, não vale a pena ficar podando os pensamentos em nome de um texto claro. Quem disso que o texto claro é mais preciso quanto ao que eu sou do que o texto obscuro? Obscuro de que forma? Talvez não seja possível manter a lampadinha da mente sempre acesa, ela só acende de vez em quando, os desenhos mostram bem isso. É difícil manter a descarga aberta, meu pensamento insiste em articular o já escrito com o escrever. Como pensamento pode ser tão articulável, articulante, estar sobre nosso “controle” e não ser bem descrito? Heidegger consegue, para mim, exibir as engrenagens do que somos, não física ou espiritualmente, porém da forma que somos e estamos sendo a cada momento. Nossa compreensão do que somos já existe antes pensarmos claramente nas idéias de espírito e corpo em separado e articulados de alguma forma. A prova do desvairo desse parágrafo é que ele devia ser muito mais criativo e menos argumentativo.
“Quem eu sou? da onde eu venho e onde eu vou dar”, as perguntas continuam sempre as mesmas. Mas a gente insiste em sair dessas perguntas. Falar da morte é algo restrito a religião, discutir opiniões sobre a morte é algo nefasto. Uma vez eu disse pra uma menina que a gente tava morrendo a cada segundo, na verdade a gente estava morrendo os segundos, mas claramente a gente estava morrendo aquele momento, sem pensar nisso. Ela quis, por um momento bem morto, negar, dizer que a gente só morre uma vez na vida. Será que a morte começa e termina num momento pontual ou será que a morte está presente durante toda a vida, interferindo nela de várias formas; a vida própria da gente não é uma eterna batalha perdida contra a morte? Ela acabou concordando, mas quis mudar de assunto. A morte é tão presente que a gente nem gosta de falar nela, em geral ficamos perdidos, nunca tranqüilos. Talvez a velhice seja intranqüila por conta dá ridícula tentativa de esquivar-se dá morte enquanto tema de pensamento, o fim da batalha. É como estar perdendo um jogo de final de copa do mundo de 5 a zero aos 35 minutos do segundo tempo e ter que ficar ouvindo olé durante 10 minutos.

domingo, 9 de septiembre de 2007

Isso é noticia. É noticia que Brad Pitt coça o ouvido e faz caretas durante uma premiação. É tão idiota transformar isso em noticia que chega a ser curioso, afinal um absurdo desse deve dizer muito a respeito de nossa sociedade.

Antes da televisão o povo voltava a idolatria a ideais, ideologias, mitos, etc. Guerreavam loucamente em nome de deuses, costumes, culturas, lugares, etc. Hoje ficam vendo televisão, falando das pessoas que apareçam na televisão, muitos com o controle remoto numa mão e uma revista de "celebridades e TV" na outra. A abundante publicidade está ali como se deixada por acaso, as vezes até com uma capa falsa; já perceberam como a publicidade gosta de se camuflar nas coisas? A publicidade quer cobrir toda a nossa visão de mundo. Que idolatria será pior, a alucinante ou a alienante da tv?

Será que eu que sou delirante? Será que a vida do Brad sempre vai ser mais importantes que os questionamentos dos filmes? Será que a culpa é realmente da população, incapaz de se interessar por coisas menos fúteis que isto? Eu acredito que não

Eu reconheço que me interesso por olhar um foto dele com o dedo no nariz, isso não me impede de criticar esse interesse, muito pelo contrário, é por fazer parte da sociedade e ser feito por ela que posso testemunhar a respeito.




http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI1891422-EI6584,00.html

Como eu acredito que a televisão pode ser o primeiro super-heroi da história, pois ela é todo mundo e ninguém ao mesmo tempo, tenho esperança na Tv Brasil. Eu tinha vontade de trabalhar lá se ela for como o Beluzzo pretende que ela seja, ou se ela ao menos esteja rumando a ser já bastava. Vamos ver como se desenrolará essa história.

viernes, 7 de septiembre de 2007


A cultura é nossa!
A estrutura reforça!
O rap é compromisso como o missel destroça!

Existe uma única guerra a ser combatida.









Desigualdade social. Dela fazemos parte todos os a habitantes do mundo. Não posso dizer que que seja a única batalha que travamos nessa vida, mas é a mais urgente e geral. Deviamos criar exércitos que teriam como único objetivo guerrear contra os custumes que a mantém. Qual seriam as armas? Tomando em questão o Brasil, que é a realidade social que eu conheço melhor:




O primeiro passo poderia ser abolir a publicidade excessiva do luxo e aumentar a publicidade da necessidade de guerra contra a desigualdade. Todos os dias, através da propaganda, criamos um desejo novo. Queremos um carro, uma jóia, liquidificador, tapete, bijuteria, creme condicionador, tatuagem, viagem, tecnologiaaaaaa; quantos vezes por dia desejamos e calculamos quanto temos que investir para diminuir a desigualdade social? A pior publicidade é aquela das novelas, que são difarçadas dentro de uma ficçao vivida como realidade por grande parte da população. Vivemos desejos tolos e esqueçamos a cada dia nossos desejos mais íntimos.




Abolir a corrida desenfreada pelo lucro. Buscar fazer aquilo que nos satisfaz e que seja produtivo independente da capacidade de ganhar muito dinheiro. Um país desescolarizado não tem capacidade crítica nem diversidade de funções por habitante, ou seja, é necessário estimular a formação de professores com o aumento do salário do professorado e a capacitação das escolas. O país não é capaz de fazer isso se as grandes empresas, que são controladas por uma minoria absurda da população, não "comprarem" a guerra. Se os bancos que tivessem lucros exorbitantes continuassem a crescer dedicando-se apenas a reverter o aumento dos lucros na educação do nosso "Brasil periférico", talvez eles não fossem tidos comos os tubarões econômicos da sociedade, afinal, todo mundo já se sentiu lesado por um banco, ou não? Aqueles que têm menos são os mais lesados, se eu que sou universitário tenho grande dificuldade de entender as taxas do banco, imagine um alfabetizado de nivel rudimentar.




A televisão(principalmente a globo) tinha obrigação de deixar claro aquilo que é ficção e aquilo que é real, expor as propostas de um Brasil melhor com mais afinco do que tem mostrado, esclarecer para a população através de documentários a atual situação politica do país, mostrar o que restou da ditadura dentro dos três poderes e das relações de classe, criar programas de arte que identifiquem o brasileiro com a história da música do seu país, da pintura do seu país, da literatura de seu país. A televisão não pode mais negar o seu carater formador enquanto agente social, deve assumir a sua parcela na civilização do brasileiro, afinal atinge todas as classes sociais em grande parte dos lares, sendo quase um "ente querido".



Todos os filhos do Brasil merecem as mesmas oportunidades? Será que os filhos da elite merecem a disney, barbies, nikes, mc lanches, tudo a mesmo tempo, em detrimento da saúde, saneamento básico, educação e segurança dos filhos da periferia? Será que uma criança já pode nascer com um patrimonio milionário enquanto as outras nascem cheias de prejuízos? abolição da herança!

miércoles, 5 de septiembre de 2007

A Nossa Vida, também bem baiana em Caetano



Fenomenal em todos os sentidos. Um disco em que é indispensável ouvi-lo, ao menos uma vez, da primeira a última faixa em sequência.
Nesse momento estou ouvindo "oração ao tempo", a letra do disco que eu mais gosto, onde caetano diáloga com o tempo e acaba por expôr sua visão de mundo.
Depois vêm uma "beleza pura" em que me sinto eu falando, a vaidade barata e inteligente, a sensualidade, os bairros em que viveu Carís (Federação, Boca do Rio), e aquele repetir "dinheiro não", que eu já me acustumei e que preenche boa parte dos meus debates mas polêmicos.


" Deixa que a minha mão errante adentre Atrás, na frente, em cima, em baixo, entre. Minha América! Minha terra à vista, Reino de paz, se um homem só a conquista, Minha mina preciosa, meu Império,Feliz de quem penetre o teu mistério! Liberto-me ficando teu escravo; Onde cai minha mão, meu selo gravo. Nudez total! Todo o prazer provém De um corpo (como a alma sem corpo) sem Vestes." Veja a sexualidade quase que religiosa desta música. É um trecho poema de um poeta inglés, traduzido para o português por Augusto de Campos, trecho perfeito para um swingado compassadamente erótico.


E isso é o que eu estou com paciência de falar do disco. Ouça e troque idéia porra! Vale a pena...

martes, 4 de septiembre de 2007

Ontologia é coisa crua.

“Eu” e “mundo” dizem a mesma coisa. Isso fica claro quando se percebe que “aquilo” que se projeta em estas palavras, aquilo que eu estou sendo a cada letra e cada movimento integrados não está dentro de um mundo, mas “com” ele. Essa simples conclusão é o mais radical pensamento que eu já colhi lendo Heidegger em Ser e Tempo.
Aquilo que nós mesmos somos a cada vez, que não se repartem numa seqüência de agoras, mas que na maior parte do tempo se move continuamente, como um rio, com momentos de velocidades variadas, é um “fluído” composto de eu e mundo; nunca em separado, nunca como um sujeito e um objeto. É possível analisar os fenômenos eu e mundo em separado, com tanto que se preserve a unidade daquilo que nós mesmos experimentamos a cada momento, esta espécie de “conduzir-nos” na qual nós nos movimentamos cotidianamente, nunca soltos, mas livres para carregar-nos pelo mundo. Nunca uma alma agindo independente de um corpo, nunca uma coisa pensante separada e independente de uma coisa extensa. Uma liberdade para existir. Porque para existir? o porque da existência a liberdade não alcança, porque ela está originariamente arrojada na existência, ou seja, aquilo que é lançado não vivencia o lançamento, porque no momento do lançamento aquilo não é. A trajetória não determina a origem, será sempre um esboço.
Isto que está lendo agora estas palavras, isto é a sua essência, não é? Você é sempre isto, estando “concentrado”, como agora, ou não. “Isto” só consegue “se” perceber dessa forma porque é a existência, nas palavras de Heidegger, Dasein. Sendo existência a cada momento precisa existir, ou seja, viver fora de si, ser “sair” de si. A essência daquilo que nós mesmos somos a cada momento é a existência.
ENTENDEU? PODE TENTAR DIALOGAR PARA EU SABER SE ISTO TEM ALGUM SENTIDO? ALGUMA BOA ALMA PODE ME AJUDAR?

viernes, 31 de agosto de 2007

Black Uhuru

Vale a pena compartilhar minhas ingestoes artisticas, nao? discutir a respeito da arte ajuda a melhor aprecia-la. Além disso às pessoas que conhecerem obras relacionadas podem me indicar, como foi o caso do "nego" do post passado.



Black Uhuru - Sinsemilla
Pra quem gosta de um groove loco jamaicano, cheio de percussao e swing, eu recomendo. Para os que "ratos" do reggae pode parecer clichê, para mim é novidade. Descobri porque o Don Carlos veio fazer um show aqui em A Coruña, eu nao fui mais gostei tanto do release que vim buscar. Valeu a pena demais!

miércoles, 29 de agosto de 2007

Hip Hop


Tem tempo que eu tenho ouvido hip hop, talvez seja a única forma que eu tenha encontrado até agora para ouvir um discurso critico proveniente da favela, afinal, geralmente só chega no "asfalto" música-entretenimento vindo da favela. Comecei no rap com Gabriel o Pensador, talvez um dos primeiros artistas em que me viciei, foi o primeiro que eu tive mais de um cd. Gabriel é ótimo, mais o hip hop da favela é muito mais radical. Gabriel é um gênio, talvez, mas é do asfalto, como eu, incapaz de um discurso tao revelador quanto MV Bill ou Racionais.
Os três cds do MV Bill sao ótimos, gosto muito da raiva que se expressa claramente em sua forma de cantar, além da critica linda que faz à elite. Mostra a relaçao complexa entre o trafico de drogas, a pobreza das favelas, o racismo, a violência e a idiotice ridícula da elite branca. Racionais, muitas vezes, é mais cru, mostra a violencia e degradaçao do crime na favela, talvez mais impactante e poetico que o Bill, porém eu prefiro as palavras deste último, penso que sao mais lúcidas.
Recomendo muito o último cd do Bill, "Falcao", diversificado, criativo e ácido. Pra quem gosta de hip hop e critica social!

Eu hoje!

Enquanto começo a escrever, estou ouvindo música nova e de qualidade, ou seja, estou um pouco encantado, enfeitiçado, pela Bjork do álbum “Post”, de 1995. Recomendo muito, altamente criativo e delirante. Agora vamos aos meus fatos.
Nos últimos 7 dias eu tenho estado com o sono completamente conturbado, muito sonho, sono sempre leve, dormindo de dia e desperto de noite. Por conta do trabalho, da falta de rotina e da insônia que não perde uma oportunidade pra me azucrinar. Mais sempre vem bem nos males e mal nos bens, apesar de não vir um pelo outro. Prova disso é que minha insônia me faz ler muito mais do que vinha lendo no último mês, meu pai me mandou “Cartas Capitais”, voltei a ler filosofia, ler peças de Garcia Lorca, e, como prêmio, escrevi minha primeira poesia esta noite, a primeira aqui neste novo mundo. É sobre a minha saudade, o sentimento que eu venho sentindo de forma mais diferenciada desde que eu cheguei. O começo é inspirado em “Chega de saudade”, de Vinicius e Tom, e eu fiquei pensando se poderia ser plágio. Respondam-me os mais entendidos, por favor. Foi feita para, quem sabe, virar uma música, tem algum ritmo na minha cabeça.

Segue a minha saudade,
Sem ela eu não tenho realidade.
Tudo, quase tudo, que fui fora de mim
Ficou lá na Bahia! Bahia!

Minha neguinha é minha rocha,
Me sustenta nesse mar que me deslumbra:
Ondas de novidade, ondas de novidade,
Ondas de novidade na cabeça todo dia...

Minha neguinha é minha rocha,
Me sustenta nesse mar que me deslumbra.

Quem bebe muita água de mar
Fica amar... fica amar...
Fica Maluco!
Quem bebe muita água de mar
Fica amar... fica amar...
Fica Maluco!

Chegaram, agorinha, os documentos da faculdade validando 12 matérias que eu havia cursado de filosofia lá na UCSAL, ou seja, o correspondente a 1 ano e meio aqui. Ainda restam 3 e meio, se eu não correr. Pretendo correr. Depois que terminar de escrever isso verei que matérias cursarei esse ano, provavelmente. Ótima noticia. Amanha, provavelmente, dou entrado no pedido de bolsa da faculdade, quem sabe tudo que eu planejei não dá certo? Seria uma ótima conquista.
Tenho jogado bastante futebol, mas que jogava no Brasil, devido ao meu tempo livre e, em maior parte, maior disposição mesmo. Estou bastante disposto a treinar futebol todo o ano, sem parar. Me diverte e é saudável.
Tenho tido muita saudade, especificamente, de meus amigos. Dos que faziam mais parte do meu cotidiano principalmente. Meus pais vêm em dezembro, já estão com passagem comprada, vão passar um mês aqui, meu pai e meu irmão vão passar praticamente o inverno todo aqui, vai ser revigorante.
Estou cada dia mais satisfeito por ter me casado, por ter encarado a aventura de vir morar com Carís e tentar uma vida a dois tão cedo. Nós temos visões de futuro muito conciliáveis, nos damos muito bem, se nossa relação continuar amadurecendo assim tenho certeza que ela pode ser a base da conquista de meus objetivos, me tirando desde já da instabilidade da vida do jovem solteiro. Não que os solteiros estejam em desvantagem, mas eu, enquanto solteiro, estava, em minha opinião. Como eu pensava desde que eu comecei meu namoro com Carís, a personalidade dela me ajuda a clarear meus objetivos e caçá-los com confiança.
Tenho pensado muito sobre a necessidade de entender melhor o mundo, a desigualdade social, a responsabilidade do consumo, o total desacordo entre minhas vontades mentais e fisiológicas, as drogas, etc... Espero começar a escrever com mais freqüência, tenho uma impressão de que só irei ganhar ritmo na escrita quando voltar às aulas, mas quem sabe não consigo antes?
Bem, Já perdi o foco, vou dar mais atenção a meu amor agora. Quem tiver raça de ler até o final deixa um comentário só pra que eu saiba!