jueves, 26 de noviembre de 2009

Serie Rabiscos loucos no fundo do caderno. II

A vida é fio de saliva
Que une as bocas de deuses
Depois de um beijo.

A vida se estira e a morte é a separação dos deuses.

A vida tem mil sabores indescritíveis,
Os deuses comem tudo.

A vida é uma bolha crescente
De uma matéria heterogênea
Que num momento diz à grega.

Uma vida é para a história
O que uma bomba atômica
É para o universo.

Um mundo acaba a cada morte,
Não existe o apocalipse,
O universo é hipotético.

Deus tem que ser louco,
Não pode ter controle nem limites,
Seria condenado em qualquer julgamento.

Uma verdade não pode ser dita
Sem implicar mentiras.
Uma verdade não pode ser dita.

Seria muito idiota aquele
Que não fosse capaz de distinguir
Sentimento e conhecimento.
A vida me parece idiota,
Em lugar de fugir dou risada.

O riso expresa a utilidade da vida.
Sorria para beijar y beija para sorrir.
O beijo expressa o auge da vida.
De cima é grande a vista
E o perigo de queda.

Saborear lágrimas alheias
Pode ser o mais divino
Ou o maior pecado.

A poesia é uma espécie de dor
Na que estou viciado.

Vi sinais na pista
“cuidado com a poesia”
Não sei o que virá
Lá na frente.

É reconfortante para o fracassado
Acreditar que triunfou por saber
O sentido da historia.
O amor da sentido a historia.
A morte é o fim da historia.

O jovem deve se sentir fracassado:
O fracassado só pode triunfar,
O triunfante só pode fracassar.

Todos podem ser eternamente jovens
E devem.
Cada triunfo é parcial,
A morte é o fracasso final.

No hay comentarios: