martes, 14 de septiembre de 2010

El y yo, el o yo, el soy yo.

No hace falta que me des un motivo
Para que desconfie de ti.
Me mantendré siempre activo
A te perseguir.
No hace falta que huyas,
Intentando dormir,
No hace falta que escuches
Para oír a mí.
Yo estaré escondido
En la hora que despiertes,
Buscarme es tiempo perdido,
No dejaré que te acerques.
Yo estoy en tu,
Desnudo o vestido,
Femenina o masculino,
Pero no soy como tu,
A mi estas sometido.
Sin mi no eres nada
Pero yo no soy nada más.
Tu lenguaje contra mi es impotente,
No te vale que me muestre los dientes,
Conmigo no tendrás paz.
Yo soy fruto de ti,
Te hago e no digo como,
¿Como puede ser?

¿Como el pensamiento puede ser mío
Se parece más una tormenta que un río?

Yo y el estamos de acuerdo que no nos conocemos bien.

lunes, 5 de julio de 2010

Toda regra tem sua exceção

Toda regra tem sua exceção. Isto parece uma regra de regras, ou será que é apenas uma constatação? Se for uma regra, que afirma que algo para ser uma regra tem que ter ao menos uma exceção, então ela é uma regra auto-impositiva, porque ela mesma pretende ser uma regra.
Se a regra “toda regra tem sua exceção” tem uma exceção, então alguma regra não tem nenhuma exceção. Mas isso é auto-contraditório.
Então assumamos que a expressão “toda regra tem sua exceção” é apenas uma constatação, fruto de induzir a partir da experiência de casos concretos nos quais supostas regras pareciam ter exceções, mas que não pode constituir uma regra de regras, pois introduziria uma contradição no conceito de regra.
Esta expressão é usada em geral por alguém que defende a existência de uma regra quando outra pessoa apresenta um contra-exemplo que parece invalidar a universalidade da regra. Seria talvez mais seguro afirmar que só existem exceções porque existem regras, mas de todos os modos se peca por sofisteria y retórica barata. Se uma regra é conhecida, também são conhecidas suas exceções, de modo que resultaria mais proveitoso justificar ou reconhecer a exceção sinalizada.

jueves, 1 de julio de 2010

Uma decisão


Escrever é foda.

Decidi escrever, mas não consigo. Imagine uma peso pesado no chão, que você tem que levantar, mas um peso bem pesado mesmo. Você puxa, parece até que dava pra levantar, mas nem faz barulho quando "cai". É foda.

E aí você apela, nem aí você é original, Arquimedes mandou você arrumar um ponto e alavancar com um pau, pois vai. Escreve livre, se apoia na ignorancia, na falta de assunto, na incapacidade para descrever essa vida completamente extraordinaria que você vive, tão extraordinaria como a de todos que estão a sua volta, o que te faz mais extraordinario ainda. Ou seja, eu sou um escritor do caralho, minha vida é perfeita para gerar páginas e páginas memóraveis. Eu só não sei de gramática, não tenho muita cultura literária, nao escrevi muitas páginas, não gosto do que eu escrevo e nem sei se vale a pena escrever. A situação é simples e dificil. E minha letra é muito feia.

É interessante, comecei falando de você, me identifiquei com você, me gabei e me escaldei, em um parágrafo só. Isso não deve ser positivo, ainda mas quando se considera que eu não estou escrevendo sobre nada, apenas uma decisão e uma frustração.

O bom é que as coisas se multiplicam, cada palavra é algo muito mais reflexivo que um espelho. As coisas se flexionam, logo as palavras reflexionan, e aí já estão multiplicadas.

Por ejemplo: a decisão de escrever pode não ser nada relevante, se só se considera isso como minha decisão, desse corpo magro e cabeludo rotulado Pablo Silva Arruti ou Pablo Barcia Silva, segundo a conveniência. Mas se a decisão de escrever é algo propio de todo escritor, não só em cada um dos momentos que escreve, mas também de modo geral no rumo de sua vida, então talvez... sei lá. Ou será que a gente escreve por mania ou loucura, sem nunca decidir por isso realmente? A liberdade se mete por todos os cantos, como um vulto vaidoso, mas basta buscarla que desaparece.

Tenho vontade de chamar a liberdade de puta, mas tenho tido peso na conciencia, tem muita mulher sendo explorada e isso é banalizado cada vez que se pronuncia a palavra "puta". E por favor, eu não tenho nada contra cobrar por sexo, sempre que seja uma opção propia, uma decisão, se é que a puta liberdade pode existir nesses casos. Tem gente que duvida que alguém possa vender livremente o próprio corpo pra disfrute sexual alheio. Eu não. O problema é com liberdade, filha da puta. Você se sente livre?

Game Over

jueves, 13 de mayo de 2010

*

O começo, o inicio, a entrada,
abertura.
O final, o fim, a saída,
fechadura.
Desde antes até depois,
o que veio e o que foi,
quase toda a nulidade,
completa falta de carencia,
coerencia e confusão.

Senão nem o sim nem o não.
talvez, alguma vez, quiça.
A busca perdida,
A chave do laberinto
e a palavra surda.

Morrer sorrindo
cantar chorando
cair voando
pensar sofrendo

Não me vem, ou vem sem querer.
Não faço, padeço, e cresço sem proporção,
até ficar bem pequeno
do tamanho do chão.

**

Seguir cego sem ter onde ir:
sou a multidão sozinha,
Que ata os proprios pedaços
nos astros,
e o universo se expande,
e o coração se contrae,
respirando o vacuo
e gozando lágrimas.

Mais que infinitos olhos
são nuvens carregadas
cujos raios afogan
eu, pássaro.

no meu peito bate o sol
incandescente e dançante
sou igual de diferente
sobriedade alucinante

Sou um imã de ilusões
Tão reais que quase matam
um colchão de borboletas
o irmão do único filho
o ausente que está aí
a natureza contando piadas
o jogo de quem perde mais

jueves, 26 de noviembre de 2009

Serie Rabiscos loucos no fundo do caderno. II

A vida é fio de saliva
Que une as bocas de deuses
Depois de um beijo.

A vida se estira e a morte é a separação dos deuses.

A vida tem mil sabores indescritíveis,
Os deuses comem tudo.

A vida é uma bolha crescente
De uma matéria heterogênea
Que num momento diz à grega.

Uma vida é para a história
O que uma bomba atômica
É para o universo.

Um mundo acaba a cada morte,
Não existe o apocalipse,
O universo é hipotético.

Deus tem que ser louco,
Não pode ter controle nem limites,
Seria condenado em qualquer julgamento.

Uma verdade não pode ser dita
Sem implicar mentiras.
Uma verdade não pode ser dita.

Seria muito idiota aquele
Que não fosse capaz de distinguir
Sentimento e conhecimento.
A vida me parece idiota,
Em lugar de fugir dou risada.

O riso expresa a utilidade da vida.
Sorria para beijar y beija para sorrir.
O beijo expressa o auge da vida.
De cima é grande a vista
E o perigo de queda.

Saborear lágrimas alheias
Pode ser o mais divino
Ou o maior pecado.

A poesia é uma espécie de dor
Na que estou viciado.

Vi sinais na pista
“cuidado com a poesia”
Não sei o que virá
Lá na frente.

É reconfortante para o fracassado
Acreditar que triunfou por saber
O sentido da historia.
O amor da sentido a historia.
A morte é o fim da historia.

O jovem deve se sentir fracassado:
O fracassado só pode triunfar,
O triunfante só pode fracassar.

Todos podem ser eternamente jovens
E devem.
Cada triunfo é parcial,
A morte é o fracasso final.

miércoles, 30 de septiembre de 2009

Serie Rabiscos loucos no fundo do caderno. I

Sei que quanto mais sei menos sei

As restrições que podem fazer a amplitude do nível de ação da liberdade individual são tantos que não se pode descartar, de maneira nenhuma, a posibilidade de assumir como verdadeira a hipótese do determinismo individual. Porém, por outro lado, as possibilidades de determinação dos limites da liberdade individual parecem fora do alcance da sabedoria individual e da ciência social, devido a fraqueza da causalidade no que se refere a existência individual de possibilidades. Uma via de acesso ao conhecimento da liberdade individual deve ser (suponho) o exercício de estruturação dos conhecimentos sobre as restrições da liberdade individual e das restrições a hipótese determinista por aplicação de ceticismo. O ceticismo é sempre um dos caminhos.

Ou seja:

A liberdade de cada um
É reduzida pelas suas condições físicas,
Pelas suas relações sociais;
Pelo momento histórico no qual devem;
Pelas decisões que toma,
No mesmo tanto que o passado está morto;
Pela linguagem que utiliza,
Por limitada e arbitraria;
Pelos desejos,
Que não são nossos,
Senão que nós somos deles;
Pela ignorância,
Que se mostra cada dia maior;
Pelo medo,
Que aumenta com o tamanho da ignorância...
Indeterminadas coisas mais,
Talvez aí esteja a liberdade,
Maltrapilha e prostituida,
Sentindo-se por fim
Reconhecida e encontrada.

Frente a um estado tão calamitoso daquilo que se podia chamar liberdade, me sobrevem uma esperança de que ser determinado, atado, açoitado pelo azar e pela sorte, pode ser uma maneira mais realista e confortável de ver as coisas. O problema é a persistente desconfiança que acompanha aquele que sente a obrigação de fazer escolhas sem conhecer os objetivos últimos, ou mais exatamente, sem acreditar na existência da vontade definitiva, nem propia nem absoluta.