Hoje pela tarde, mesmo a distância, fui arrebatado mais uma vez pelo poder das novelas no Brasil. Afinal, ontem era dia de fim de novela e, como nós sabemos, fim de novela, fim de BBB e fim de copa do mundo são da maior relevância para o futuro dos brasileiros, sempre são muito comentados e discutidos, antes, durante e depois.
Wagner Moura é o protagonista de duas obras provavelmente opostas entre si, ambas violentas, de diferentes formas. Eu não vi “Paraíso Tropical”, mas não hesito em dizer que é ridiculamente fútil se comparada a “Tropa de Elite”. Essa expõe e discute problemas sérios da sociedade brasileira, vividos todos os dias e cada dia mais por cada um de nós como violência, desigualdade, corrupção, alienação, etc... Aquela cria uma trama burguesa fantasiosa com o intuito de, a qualquer custo, manter a maior quantidade de pessoas presas em frente a televisão, se aproveitando de nossa curiosidade torpe e da calamitosa falta de opções de entretenimento, principalmente para o público de baixa renda. A pior prisão é a que tenta guiar o nosso pensamento.
Wagner Moura, meu querido conterrâneo, você faz novela por dinheiro, prazer artístico ou como “enzima” na sua carreira? Você não acha que a novela feita hoje no Brasil é prejudicial a capacidade crítica da população? Você acredita que a novela pode assumir uma “responsabilidade social”?
Wagner Moura é o protagonista de duas obras provavelmente opostas entre si, ambas violentas, de diferentes formas. Eu não vi “Paraíso Tropical”, mas não hesito em dizer que é ridiculamente fútil se comparada a “Tropa de Elite”. Essa expõe e discute problemas sérios da sociedade brasileira, vividos todos os dias e cada dia mais por cada um de nós como violência, desigualdade, corrupção, alienação, etc... Aquela cria uma trama burguesa fantasiosa com o intuito de, a qualquer custo, manter a maior quantidade de pessoas presas em frente a televisão, se aproveitando de nossa curiosidade torpe e da calamitosa falta de opções de entretenimento, principalmente para o público de baixa renda. A pior prisão é a que tenta guiar o nosso pensamento.
Wagner Moura, meu querido conterrâneo, você faz novela por dinheiro, prazer artístico ou como “enzima” na sua carreira? Você não acha que a novela feita hoje no Brasil é prejudicial a capacidade crítica da população? Você acredita que a novela pode assumir uma “responsabilidade social”?
As novelas são vistas durante todo o ano, várias simultaneamente. Filmes com responsabilidade social e conteúdo crítico são muito menos comuns na nossa telinha. Porque as novelas não podem ter responsabilidade social e conteúdo crítico? Porque não é do interesse de quem patrocina a novela, a elite e a classe média que o povo tenha consciência social e capacidade crítica. Os protagonistas do sistema querem o povo fútil. Eu faço parte da elite, isso é uma autocrítica.