martes, 4 de septiembre de 2007

Ontologia é coisa crua.

“Eu” e “mundo” dizem a mesma coisa. Isso fica claro quando se percebe que “aquilo” que se projeta em estas palavras, aquilo que eu estou sendo a cada letra e cada movimento integrados não está dentro de um mundo, mas “com” ele. Essa simples conclusão é o mais radical pensamento que eu já colhi lendo Heidegger em Ser e Tempo.
Aquilo que nós mesmos somos a cada vez, que não se repartem numa seqüência de agoras, mas que na maior parte do tempo se move continuamente, como um rio, com momentos de velocidades variadas, é um “fluído” composto de eu e mundo; nunca em separado, nunca como um sujeito e um objeto. É possível analisar os fenômenos eu e mundo em separado, com tanto que se preserve a unidade daquilo que nós mesmos experimentamos a cada momento, esta espécie de “conduzir-nos” na qual nós nos movimentamos cotidianamente, nunca soltos, mas livres para carregar-nos pelo mundo. Nunca uma alma agindo independente de um corpo, nunca uma coisa pensante separada e independente de uma coisa extensa. Uma liberdade para existir. Porque para existir? o porque da existência a liberdade não alcança, porque ela está originariamente arrojada na existência, ou seja, aquilo que é lançado não vivencia o lançamento, porque no momento do lançamento aquilo não é. A trajetória não determina a origem, será sempre um esboço.
Isto que está lendo agora estas palavras, isto é a sua essência, não é? Você é sempre isto, estando “concentrado”, como agora, ou não. “Isto” só consegue “se” perceber dessa forma porque é a existência, nas palavras de Heidegger, Dasein. Sendo existência a cada momento precisa existir, ou seja, viver fora de si, ser “sair” de si. A essência daquilo que nós mesmos somos a cada momento é a existência.
ENTENDEU? PODE TENTAR DIALOGAR PARA EU SABER SE ISTO TEM ALGUM SENTIDO? ALGUMA BOA ALMA PODE ME AJUDAR?

No hay comentarios: