El y yo, el o yo, el soy yo.
No hace falta que me des un motivo
Para que desconfie de ti.
Me mantendré siempre activo
A te perseguir.
No hace falta que huyas,
Intentando dormir,
No hace falta que escuches
Para oír a mí.
Yo estaré escondido
En la hora que despiertes,
Buscarme es tiempo perdido,
No dejaré que te acerques.
Yo estoy en tu,
Desnudo o vestido,
Femenina o masculino,
Pero no soy como tu,
A mi estas sometido.
Sin mi no eres nada
Pero yo no soy nada más.
Tu lenguaje contra mi es impotente,
No te vale que me muestre los dientes,
Conmigo no tendrás paz.
Yo soy fruto de ti,
Te hago e no digo como,
¿Como puede ser?
¿Como el pensamiento puede ser mío
Se parece mas una tormenta que un río?
Yo y el estamos de acuerdo que no nos conocemos bien.
lunes, 31 de marzo de 2008
domingo, 30 de marzo de 2008
Métrica?
Eu sei que você não fode,
Eu sei que você cospe ou engole o catarro,
Eu sei que você se coça em cada buraco.
E daí?
Você daí e eu daqui.
Hoje eu acordei no meio do monte,
De verdade, um pueblo de 50 casas.
Se eu soubesse pintar como Van Gogh,
Quem sabe...
Eu pensei em você, pensei em mim,
Cê sabe... Não tem tamanho para saudade.
Perguntaram-me se eu tenho métrica,
Se minha poesia tem cuidado,
Talvez tenha, outra vez não...
Digo isso pra não dizer que não sei,
Porque tenho vergonha de dizer que não sei o que é métrica,
O que é a poesia.
Costumo conversar demais, falar demais e não comer.
A comida esfria, ninguém concorda comigo,
Eu discordo de mim e perco a fome.
Geralmente uso argumentos completamente alheios às conversações.
Quase ninguém percebe, só um primo que está me conhecendo.
Todas regras têm exceções? Então ninguém desconfiava da verdade absoluta.
Ninguém não! Ninguém não! Tem que haver alguma exceção!
É uma regra que “toda regra tem uma exceção”?
Então “alguma regra não tem nenhuma exceção”
É exceção a essa regra. Contradição!
Ninguém desconfiava da verdade absoluta.
Eu sei que você não fode,
Eu sei que você cospe ou engole o catarro,
Eu sei que você se coça em cada buraco.
E daí?
Você daí e eu daqui.
Hoje eu acordei no meio do monte,
De verdade, um pueblo de 50 casas.
Se eu soubesse pintar como Van Gogh,
Quem sabe...
Eu pensei em você, pensei em mim,
Cê sabe... Não tem tamanho para saudade.
Perguntaram-me se eu tenho métrica,
Se minha poesia tem cuidado,
Talvez tenha, outra vez não...
Digo isso pra não dizer que não sei,
Porque tenho vergonha de dizer que não sei o que é métrica,
O que é a poesia.
Costumo conversar demais, falar demais e não comer.
A comida esfria, ninguém concorda comigo,
Eu discordo de mim e perco a fome.
Geralmente uso argumentos completamente alheios às conversações.
Quase ninguém percebe, só um primo que está me conhecendo.
Todas regras têm exceções? Então ninguém desconfiava da verdade absoluta.
Ninguém não! Ninguém não! Tem que haver alguma exceção!
É uma regra que “toda regra tem uma exceção”?
Então “alguma regra não tem nenhuma exceção”
É exceção a essa regra. Contradição!
Ninguém desconfiava da verdade absoluta.
viernes, 28 de marzo de 2008
Tesão
Tesão
Deixar a água morna escorrer pelo corpo
É uma das maiores fontes de prazer.
Tem um país que é proibido sentir o escorrer,
E quem sentir ta perdido, pode crê.
Um casal fazendo sexo ao lado do parquinho,
Crianças de doze anos propõem um bacanal,
Mais a chuva vem caindo de mansinho,
Alerta geral!
“O dia ta muito quente, a chuva dá prazer,
Noutro dia a gente um bacanal vai fazer...”
A policia chega, rápido,
Coberta da cabeça aos pés,
Parecem múmias modernas
Executando o viés.
Trazem guarda-chuvas gigantes
Em cima de caminhões,
É a tática desenvolvida
Nos últimos verões.
Um casal beija na boca
Perdidos no infinito da paixão.
A água lhes molha o corpo
Aumentando a conexão,
Escorre pelo corpo
E acaba erodindo o chão,
Se perfuma no corpo
E se evapora no ar.
O morto que sente o cheiro
Do caixão vai levantar,
Ou das cinzas que é formado
Pode até se reintegrar,
E quando acabar o cheiro
Vai querer se suicidar.
E a esse casal demoníaco ninguém pode se aproximar.
Eles são mais radiativos que uma bomba nuclear.
As crianças que os vêm começam a se chupar,
As senhoras, excitadas, podem viver sem respirar,
Num orgasmo eterno que faz a terra vibrar.
jueves, 27 de marzo de 2008
Defecação, Contemplação e Amor.
Defecação, Contemplação e Amor
Depois de comer,
De barriga cheia esvazio a mente,
Que enchi de fumaça púrpura.
Sou louco ou sou doente,
Se sou são, não sei.
O filho da puta que inventou a curiosidade
Fez o trabalho bem feito, sem piedade.
Sou feio e bonito porque tenho vontade
De conhecer ao infinito a metade da metade.
O escrever me pede um sentido
Do porque de eu não parar de escrever;
Fico imediatamente perdido,
Já não sei o que fazer,
E assim escrevendo fico,
Por não saber responder.
Essa conversa ta furada,
De escrever e não saber.
Vou tentar outra jogada,
Preciso me entreter.
Mentira, carta jogada
Fora das leis do meu ser.
Eu fico aqui sem fazer nada
E sempre tendo o que fazer,
Depois venho com essa manjada
História de não saber.
Me fantasio de poeta
Só pra disfarçar meu vagabundear.
E assim vou passando os dias,
Sozinho, sem você.
Antes, quando eu era idiota,
Sempre tinha alguém pra me dizer.
Agora idiota sigo, sem saber o que fazer,
Mentindo para mim mesmo
Com o paradoxal e próprio não saber.
Minto, reminto, e ainda lhe meto o minto,
Para vomitar meu ser.
E sai essa porcaria toda
Que você acaba de ler.
Se você não lê, melhor,
Não te valeria conhecer
Esse meu eu vagabundo, sozinho,
Na rua sem a lua para ver.
Tinha pensado em parar,
Mas já vejo o sol nascer.
Vale a pena recomeçar,
Se não agora, depois.
Seja com solidão no ar,
Ou aquele puro cheiro de nós dois.
A saudade fez amanhecer
A minha face oculta, apaixonada,
Por nada mais que uma existência imperfeita
Feita de carne e osso como eu,
Mas com jeito especial
Que faz da minha vida algo muito mais normal.
Eu que sou o egoísta maior que conheço!
Eu que não tenho dó e nada de bom mereço!
Fui santificado pelo meu divino berço,
E beijei uma deusa, por ela conheço
O valor daquele amor que não tem preço.
Tenho orgulho do que faço
Porque mesmo quando me embaraço
Numa rima só, não perco o fio da meada
E vou desatando o nó.
O problema de andar na corda bamba
É quando a gente anda, anda,
E nunca chega o final.
A gente sabe que o fim é cair
No precipício fatal.
O esforço de escrever
Já está me fazendo mal.
É melhor eu parar, tchau.
Depois de comer,
De barriga cheia esvazio a mente,
Que enchi de fumaça púrpura.
Sou louco ou sou doente,
Se sou são, não sei.
O filho da puta que inventou a curiosidade
Fez o trabalho bem feito, sem piedade.
Sou feio e bonito porque tenho vontade
De conhecer ao infinito a metade da metade.
O escrever me pede um sentido
Do porque de eu não parar de escrever;
Fico imediatamente perdido,
Já não sei o que fazer,
E assim escrevendo fico,
Por não saber responder.
Essa conversa ta furada,
De escrever e não saber.
Vou tentar outra jogada,
Preciso me entreter.
Mentira, carta jogada
Fora das leis do meu ser.
Eu fico aqui sem fazer nada
E sempre tendo o que fazer,
Depois venho com essa manjada
História de não saber.
Me fantasio de poeta
Só pra disfarçar meu vagabundear.
E assim vou passando os dias,
Sozinho, sem você.
Antes, quando eu era idiota,
Sempre tinha alguém pra me dizer.
Agora idiota sigo, sem saber o que fazer,
Mentindo para mim mesmo
Com o paradoxal e próprio não saber.
Minto, reminto, e ainda lhe meto o minto,
Para vomitar meu ser.
E sai essa porcaria toda
Que você acaba de ler.
Se você não lê, melhor,
Não te valeria conhecer
Esse meu eu vagabundo, sozinho,
Na rua sem a lua para ver.
Tinha pensado em parar,
Mas já vejo o sol nascer.
Vale a pena recomeçar,
Se não agora, depois.
Seja com solidão no ar,
Ou aquele puro cheiro de nós dois.
A saudade fez amanhecer
A minha face oculta, apaixonada,
Por nada mais que uma existência imperfeita
Feita de carne e osso como eu,
Mas com jeito especial
Que faz da minha vida algo muito mais normal.
Eu que sou o egoísta maior que conheço!
Eu que não tenho dó e nada de bom mereço!
Fui santificado pelo meu divino berço,
E beijei uma deusa, por ela conheço
O valor daquele amor que não tem preço.
Tenho orgulho do que faço
Porque mesmo quando me embaraço
Numa rima só, não perco o fio da meada
E vou desatando o nó.
O problema de andar na corda bamba
É quando a gente anda, anda,
E nunca chega o final.
A gente sabe que o fim é cair
No precipício fatal.
O esforço de escrever
Já está me fazendo mal.
É melhor eu parar, tchau.
miércoles, 26 de marzo de 2008
Pulo, pulo (Jorge Ben - Força Bruta - 1970)
Pulo, pulo, pulo
E não caio
Pulo, pulo, pulo
Se eu caio
Eu caio dentro do balaio
De flores do meu amor
O balaio tem rosas
Tem cravos, margaridas
Tulipas, hortências
Lírios, violetas, sempre-vivas
Brinco de princesa, orquídeas, jasmins
Tem amor perfeito, é o que ela é pra mim
Pulo, pulo, pulo
E não caio
Pulo, pulo, pulo
Se eu caio
Eu caio dentro do balaio
De flores do meu amor
E não caio
Pulo, pulo, pulo
Se eu caio
Eu caio dentro do balaio
De flores do meu amor
O balaio tem rosas
Tem cravos, margaridas
Tulipas, hortências
Lírios, violetas, sempre-vivas
Brinco de princesa, orquídeas, jasmins
Tem amor perfeito, é o que ela é pra mim
Pulo, pulo, pulo
E não caio
Pulo, pulo, pulo
Se eu caio
Eu caio dentro do balaio
De flores do meu amor
Saboroso?
Foto tirada por mim, inicio do ano 2007, 8:30 da manha, no cruzamento da rua Bahia com a Avenida Manuel Dias
Saboroso?
O homem é o predador do homem,
Ou seu próprio parasita, se assim o prefere.
Imagine o mundo com 6 bilhões de leões,
Que ademais querem erguer uma estatua em outro planeta,
Para honrar a sua nobreza,
E alimentam as turbinas dos foguetes
Com filhotes de leões famintos.
Uma espécie de sucção energética, cultural,
É o natural no meio humano, espécie racional.
No subsolo da disney trabalham escravos de todo o mundo,
Ou talvez só do terceiro mundo de cada nação.
A máquina estatal na Bahia tem por combustível sangue de negro,
Comando branco e como produto exploração racial.
A televisão aliena e transforma cérebros criativos em cativos,
O sistema está codificado de forma que segue a escravidão
Com uma potente imagem de harmonia e irmandade.
O caçador do homem é o próprio homem,
A caçada é monótona,
Uma vida não vê uma manada sendo abatida,
Consumida ou descartada,
Uma vida vale muito mais não conhece nada.
Os homens competiram tanto
Para ver quem fazia uma arapuca maior,
Que o mundo ta cheio de arapuca
E ta todo mundo junto, na pior.
O planeta como um cachorro sacoleja,
Como já dizia Raul,
E na ultima sacolejada do cachorro
Vai voar de um por um.
Seja pelas arapuca ou seja por que sacoleja,
A humanidade pratica autofagia,
Mãeterrafagia, e como a vovó já dizia,
“Já ta na minha hora, pena que eu não vou ver.”
O homem é o predador do homem,
Ou seu próprio parasita, se assim o prefere.
Imagine o mundo com 6 bilhões de leões,
Que ademais querem erguer uma estatua em outro planeta,
Para honrar a sua nobreza,
E alimentam as turbinas dos foguetes
Com filhotes de leões famintos.
Uma espécie de sucção energética, cultural,
É o natural no meio humano, espécie racional.
No subsolo da disney trabalham escravos de todo o mundo,
Ou talvez só do terceiro mundo de cada nação.
A máquina estatal na Bahia tem por combustível sangue de negro,
Comando branco e como produto exploração racial.
A televisão aliena e transforma cérebros criativos em cativos,
O sistema está codificado de forma que segue a escravidão
Com uma potente imagem de harmonia e irmandade.
O caçador do homem é o próprio homem,
A caçada é monótona,
Uma vida não vê uma manada sendo abatida,
Consumida ou descartada,
Uma vida vale muito mais não conhece nada.
Os homens competiram tanto
Para ver quem fazia uma arapuca maior,
Que o mundo ta cheio de arapuca
E ta todo mundo junto, na pior.
O planeta como um cachorro sacoleja,
Como já dizia Raul,
E na ultima sacolejada do cachorro
Vai voar de um por um.
Seja pelas arapuca ou seja por que sacoleja,
A humanidade pratica autofagia,
Mãeterrafagia, e como a vovó já dizia,
“Já ta na minha hora, pena que eu não vou ver.”
martes, 25 de marzo de 2008
Soledad (Primavera 08)
Soledad
Me siento mal, me sienta todo mal,
Sin ti.
No tengo hambre, pero de ti si.
Cuando entra el aire quiere salir.
El agua sabe mal, no sabe igual.
Estoy mareado e no tengo mi mar.
Estoy lúcido sin ti para enloquecerme.
Estoy en el frío sin ti que me caliente.
¿Que hago sin ti para sonreír?
El sol no sale por aquí,
Estará mucho más feliz allá,
Donde puede te mirar.
Luna linda,
Vuelve, pues mi noche es solo tiniebla y miedo,
Sin ti a mi lado.
Mi puerto seguro, donde la vida tiene sentido,
Donde la tempestad casi no hace daño.
Me siento otra vez niño, pero ahora estoy sólo.
Tengo un centenar de amigos invisibles,
Quedo todo el día en el medio de sombras,
Intentando comunicarme, pero tienen frío;
Las sombras son amigos débiles.
Mis amigos invisibles solo pueden susurrar,
E cuando hacen esculpen en mi oído.
Estoy dolido, no puedo mas negar.
Pero me cuerpo sigue mucho mucho vivo,
Sé que puede mucho tiempo aguantar.
Me siento mal, me sienta todo mal,
Sin ti.
No tengo hambre, pero de ti si.
Cuando entra el aire quiere salir.
El agua sabe mal, no sabe igual.
Estoy mareado e no tengo mi mar.
Estoy lúcido sin ti para enloquecerme.
Estoy en el frío sin ti que me caliente.
¿Que hago sin ti para sonreír?
El sol no sale por aquí,
Estará mucho más feliz allá,
Donde puede te mirar.
Luna linda,
Vuelve, pues mi noche es solo tiniebla y miedo,
Sin ti a mi lado.
Mi puerto seguro, donde la vida tiene sentido,
Donde la tempestad casi no hace daño.
Me siento otra vez niño, pero ahora estoy sólo.
Tengo un centenar de amigos invisibles,
Quedo todo el día en el medio de sombras,
Intentando comunicarme, pero tienen frío;
Las sombras son amigos débiles.
Mis amigos invisibles solo pueden susurrar,
E cuando hacen esculpen en mi oído.
Estoy dolido, no puedo mas negar.
Pero me cuerpo sigue mucho mucho vivo,
Sé que puede mucho tiempo aguantar.
lunes, 24 de marzo de 2008
Uma poesia de mentira
Uma poesia de mentira
Eu adoro a mentira.
O pior é que é uma fé cega, idolatria, um vício,
Eu sei que tenho que parar, mas me sinto incapaz.
Contribui muito que eu não conheça ninguém sincero.
Ouvir mentiras é como sentir o cheiro da fumaça,
O barulho da pedra do isqueiro riscando,
É uma fagulha para minha imaginação viciada.
Se falando necessito uma lembrança que não me vem,
Invento e sigo o discurso, nisso que mal tem?
Se me sinto desafiado por um sorriso maroto, safado,
Que não assume a extrema vontade de roçar o corpo suado,
Que quer ouvir antes uma historia no pé do ouvido grudado,
Divirto-me criando histórias onde a moral é o pecado,
E se ela pedir com carinho, só me olhando de ladinho,
Digo-me apaixonado.
Mas isso tudo é detalhe, perto da mentira maior,
Que ouço dentro de mim e não conheço o autor.
Ela me diz que eu estou no caminho certo,
Mas eu não sei aonde vou.
Diz-me que nada mudou,
Mas eu não vejo tudo e nada é o mar aberto,
Com ondas inumeráveis, nunca imóveis,
Nada estático.
De vez em quando penso que o culpado é o pensamento.
Lamento, mas aceito, o fardo é finito.
Mas seria talvez bonito dizer eu te amo,
Confiado que este “eu” não está mentindo,
Conhecendo o amor, seu valor e sentido.
Lendo esta poesia, não me surpreende que pareça falsa,
Mentirosa, fingida, forçada, artificial.
Não se surpreenda também, animal!
Eu sou mentiroso! Eu não digo a verdade!
Dirão alguns: - Mentira! Mentira!
Concordo, direi eu, sinceramente.
Eu adoro a mentira.
O pior é que é uma fé cega, idolatria, um vício,
Eu sei que tenho que parar, mas me sinto incapaz.
Contribui muito que eu não conheça ninguém sincero.
Ouvir mentiras é como sentir o cheiro da fumaça,
O barulho da pedra do isqueiro riscando,
É uma fagulha para minha imaginação viciada.
Se falando necessito uma lembrança que não me vem,
Invento e sigo o discurso, nisso que mal tem?
Se me sinto desafiado por um sorriso maroto, safado,
Que não assume a extrema vontade de roçar o corpo suado,
Que quer ouvir antes uma historia no pé do ouvido grudado,
Divirto-me criando histórias onde a moral é o pecado,
E se ela pedir com carinho, só me olhando de ladinho,
Digo-me apaixonado.
Mas isso tudo é detalhe, perto da mentira maior,
Que ouço dentro de mim e não conheço o autor.
Ela me diz que eu estou no caminho certo,
Mas eu não sei aonde vou.
Diz-me que nada mudou,
Mas eu não vejo tudo e nada é o mar aberto,
Com ondas inumeráveis, nunca imóveis,
Nada estático.
De vez em quando penso que o culpado é o pensamento.
Lamento, mas aceito, o fardo é finito.
Mas seria talvez bonito dizer eu te amo,
Confiado que este “eu” não está mentindo,
Conhecendo o amor, seu valor e sentido.
Lendo esta poesia, não me surpreende que pareça falsa,
Mentirosa, fingida, forçada, artificial.
Não se surpreenda também, animal!
Eu sou mentiroso! Eu não digo a verdade!
Dirão alguns: - Mentira! Mentira!
Concordo, direi eu, sinceramente.
A continuação da poesia passada, talvez perca a lógica, melhor.
Que rei sou eu (Parte 2)
Quem não sabe pode ser chamado fera,
Quem não sabe o que é, fere, se ferra.
Nossa raça é toda igual, temos que nos matar
Por um ideal.
E aqui não me refiro só aos fortes vira-latas,
Infectados de esgoto a céu aberto.
Aqui me refiro àqueles como eu,
Sendo cada um um eu concreto.
Todos nós mataríamos por não saber o valor das coisas,
Ou se as coisas realmente têm valor,
E por isso nos matamos, sem saber, sem querer,
Querendo, sabendo, planejando e muito mais,
Pois somos criativos.
Sou fera, quem dera fosse uma formiga,
Em um dia, uma vida organizada.
Se uma abelha, nunca a rainha,
Longeva e responsabilizada.
Sou fera e ainda por cima sou covarde.
Ardo no infernal prazer de me sentir o homem mais rico do mundo.
Pra dizer como me acho normal, acabo sendo profundo, e no fundo
No fundo eu confundo.
Infelizmente existe muita gente, nem todos gostam da mesma cor,
Alguns plantam a raiva, outros plantam amigos e colhem amor.
Nós somos feitos de terra, nossa mãe terra, essa matéria em que tudo brotou,
Não existe homem que a terra não pariu e não tragou.
A profundeza da terra foi a primeira casa que Deus morou.
Minha fortuna são os amigos que da terra brotou.
Alguns eu plantei, outros ela me regalou.
De qualquer maneira cabe a mim regar,
Eles são meu alimento, minha água, meu sangue, meu ar.
Quem não sabe pode ser chamado fera,
Quem não sabe o que é, fere, se ferra.
Nossa raça é toda igual, temos que nos matar
Por um ideal.
E aqui não me refiro só aos fortes vira-latas,
Infectados de esgoto a céu aberto.
Aqui me refiro àqueles como eu,
Sendo cada um um eu concreto.
Todos nós mataríamos por não saber o valor das coisas,
Ou se as coisas realmente têm valor,
E por isso nos matamos, sem saber, sem querer,
Querendo, sabendo, planejando e muito mais,
Pois somos criativos.
Sou fera, quem dera fosse uma formiga,
Em um dia, uma vida organizada.
Se uma abelha, nunca a rainha,
Longeva e responsabilizada.
Sou fera e ainda por cima sou covarde.
Ardo no infernal prazer de me sentir o homem mais rico do mundo.
Pra dizer como me acho normal, acabo sendo profundo, e no fundo
No fundo eu confundo.
Infelizmente existe muita gente, nem todos gostam da mesma cor,
Alguns plantam a raiva, outros plantam amigos e colhem amor.
Nós somos feitos de terra, nossa mãe terra, essa matéria em que tudo brotou,
Não existe homem que a terra não pariu e não tragou.
A profundeza da terra foi a primeira casa que Deus morou.
Minha fortuna são os amigos que da terra brotou.
Alguns eu plantei, outros ela me regalou.
De qualquer maneira cabe a mim regar,
Eles são meu alimento, minha água, meu sangue, meu ar.
domingo, 23 de marzo de 2008
Que rei sou eu.(inacabada)
Que rei sou eu
Fui batizado com pouca água.
Nossa senhora me esqueceu.
Minha fé é uma gota.
Meu Deus sou eu.
Sou rico, cada amigo vale por mil.
Não tenho medo do inferno,
Meu céu é anil.
Ninguém pode me roubar,
O que tenho quer ser meu.
Meu objetivo é a morte
E meu rei sou eu.
Ouço alguém me dizer
Que meus olhos só vêm meu umbigo,
Que se eu continuar assim estou perdido,
Que o mundo é muito maior
E eu tenho muito que aprender.
Quem dera...
Se aprender eu pudesse,
Se alguma esperança me restasse,
Se por um passe de mágica tudo fosse diferente;
Quem dera se eu fosse gente.
Eu não sei se sou aquele ser que você espera,
E o que não sabe pode ser chamado fera.
Fui batizado com pouca água.
Nossa senhora me esqueceu.
Minha fé é uma gota.
Meu Deus sou eu.
Sou rico, cada amigo vale por mil.
Não tenho medo do inferno,
Meu céu é anil.
Ninguém pode me roubar,
O que tenho quer ser meu.
Meu objetivo é a morte
E meu rei sou eu.
Ouço alguém me dizer
Que meus olhos só vêm meu umbigo,
Que se eu continuar assim estou perdido,
Que o mundo é muito maior
E eu tenho muito que aprender.
Quem dera...
Se aprender eu pudesse,
Se alguma esperança me restasse,
Se por um passe de mágica tudo fosse diferente;
Quem dera se eu fosse gente.
Eu não sei se sou aquele ser que você espera,
E o que não sabe pode ser chamado fera.
viernes, 21 de marzo de 2008
O que não tem fim não tem título.
Eu fui intimado a escrever,
Escrevo sem o meu corpo querer,
Pois me encantei pelo dizer.
Encanto ou maldição?
A mesma contradição
Do bater do coração.
O que é o homem,
Um monte de carne, osso e impulsos elétricos?
A humanidade, um crescer agonizante frenético?
As palavras, um brinquedo, um direito, um objeto?
Onde eu quero chegar, posso chegar sem saber responder?
Não sei responder, e o pior é que isso não é resposta que se dê.
Afirmar sem firmamento, viver é gozar um lamento,
Tanto quanto mais atento ao fim irreal e concreto.
Porque sempre acabo falando da morte,
Talvez um dia acabe morto.
Será que o morto sabe que morreu?
Se não, a morte existe só pra quem vive?
Morrer e viver, o que é o que é?
Cinco pontos finais, oito interrogações,
Isso merece uma exclamação!
Não! Duas, virgulas são os quebra-molas.
Mas será o benedito,
Coitado do mal dito benedito,
Sempre chamado quando algo dá errado.
Existe um fim de uma poesia sem finalidade?
Sim, a minha vontade.
Escrevo sem o meu corpo querer,
Pois me encantei pelo dizer.
Encanto ou maldição?
A mesma contradição
Do bater do coração.
O que é o homem,
Um monte de carne, osso e impulsos elétricos?
A humanidade, um crescer agonizante frenético?
As palavras, um brinquedo, um direito, um objeto?
Onde eu quero chegar, posso chegar sem saber responder?
Não sei responder, e o pior é que isso não é resposta que se dê.
Afirmar sem firmamento, viver é gozar um lamento,
Tanto quanto mais atento ao fim irreal e concreto.
Porque sempre acabo falando da morte,
Talvez um dia acabe morto.
Será que o morto sabe que morreu?
Se não, a morte existe só pra quem vive?
Morrer e viver, o que é o que é?
Cinco pontos finais, oito interrogações,
Isso merece uma exclamação!
Não! Duas, virgulas são os quebra-molas.
Mas será o benedito,
Coitado do mal dito benedito,
Sempre chamado quando algo dá errado.
Existe um fim de uma poesia sem finalidade?
Sim, a minha vontade.
sábado, 15 de marzo de 2008
Tudo quando nasce, cresce,
Perece quando morre.
Tudo em mim faz tudo isso ao mesmo tempo,
Nada faz isso ao mesmo tempo.
Eu e nada, mesma coisa.
Todos são objetos,
mas algum em tudo nada como eu.
E assim me aperto,
Tentando me olhar de perto,
Com pressa porque pereço,
Como medo de desconcentrar
Na abstração do ponto certo.
O suspiro final, afinal, é um suspiro igual,
E como tal eu respiro sem medo do suspiro final.
No fim do meu mundo,
Que é igual ao fim do mundo todo de todo mundo,
Quero pensar que é igual o ar e eu, vai e volta,
Nunca o mesmo e sempre igual.
Banal! Eu e nada a mesma coisa,
Nada mal.
Pelas linhas dessa poesia toda letra,
Com um peixe,
Nada mal.
Na geometria nauseante do mar se
Nada mal.
Sou nada, quando morrer serei tudo, dá igual.
O pedaço gigante de pedra não existe mais,
Mas ali tem uma praia, um cais.
Ali o que era pedra agora é tudo e nada mais.
Perece quando morre.
Tudo em mim faz tudo isso ao mesmo tempo,
Nada faz isso ao mesmo tempo.
Eu e nada, mesma coisa.
Todos são objetos,
mas algum em tudo nada como eu.
E assim me aperto,
Tentando me olhar de perto,
Com pressa porque pereço,
Como medo de desconcentrar
Na abstração do ponto certo.
O suspiro final, afinal, é um suspiro igual,
E como tal eu respiro sem medo do suspiro final.
No fim do meu mundo,
Que é igual ao fim do mundo todo de todo mundo,
Quero pensar que é igual o ar e eu, vai e volta,
Nunca o mesmo e sempre igual.
Banal! Eu e nada a mesma coisa,
Nada mal.
Pelas linhas dessa poesia toda letra,
Com um peixe,
Nada mal.
Na geometria nauseante do mar se
Nada mal.
Sou nada, quando morrer serei tudo, dá igual.
O pedaço gigante de pedra não existe mais,
Mas ali tem uma praia, um cais.
Ali o que era pedra agora é tudo e nada mais.
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