jueves, 27 de marzo de 2008

Defecação, Contemplação e Amor.

Defecação, Contemplação e Amor

Depois de comer,
De barriga cheia esvazio a mente,
Que enchi de fumaça púrpura.
Sou louco ou sou doente,
Se sou são, não sei.

O filho da puta que inventou a curiosidade
Fez o trabalho bem feito, sem piedade.
Sou feio e bonito porque tenho vontade
De conhecer ao infinito a metade da metade.

O escrever me pede um sentido
Do porque de eu não parar de escrever;
Fico imediatamente perdido,
Já não sei o que fazer,
E assim escrevendo fico,
Por não saber responder.
Essa conversa ta furada,
De escrever e não saber.
Vou tentar outra jogada,
Preciso me entreter.
Mentira, carta jogada
Fora das leis do meu ser.
Eu fico aqui sem fazer nada
E sempre tendo o que fazer,
Depois venho com essa manjada
História de não saber.

Me fantasio de poeta
Só pra disfarçar meu vagabundear.

E assim vou passando os dias,
Sozinho, sem você.
Antes, quando eu era idiota,
Sempre tinha alguém pra me dizer.
Agora idiota sigo, sem saber o que fazer,
Mentindo para mim mesmo
Com o paradoxal e próprio não saber.
Minto, reminto, e ainda lhe meto o minto,
Para vomitar meu ser.
E sai essa porcaria toda
Que você acaba de ler.
Se você não lê, melhor,
Não te valeria conhecer
Esse meu eu vagabundo, sozinho,
Na rua sem a lua para ver.

Tinha pensado em parar,
Mas já vejo o sol nascer.
Vale a pena recomeçar,
Se não agora, depois.
Seja com solidão no ar,
Ou aquele puro cheiro de nós dois.
A saudade fez amanhecer
A minha face oculta, apaixonada,
Por nada mais que uma existência imperfeita
Feita de carne e osso como eu,
Mas com jeito especial
Que faz da minha vida algo muito mais normal.

Eu que sou o egoísta maior que conheço!
Eu que não tenho dó e nada de bom mereço!
Fui santificado pelo meu divino berço,
E beijei uma deusa, por ela conheço
O valor daquele amor que não tem preço.

Tenho orgulho do que faço
Porque mesmo quando me embaraço
Numa rima só, não perco o fio da meada
E vou desatando o nó.

O problema de andar na corda bamba
É quando a gente anda, anda,
E nunca chega o final.
A gente sabe que o fim é cair
No precipício fatal.
O esforço de escrever
Já está me fazendo mal.
É melhor eu parar, tchau.

2 comentarios:

Unknown dijo...

meu vc é um besta não tem nada a ver com que eu quero.Eu istou procurando isso sobre um trabalho de ciencias seu bobo

Unknown dijo...

meu vc é um besta não tem nada a ver com que eu quero.Eu istou procurando isso sobre um trabalho de ciencias seu bobo