lunes, 24 de marzo de 2008

A continuação da poesia passada, talvez perca a lógica, melhor.

Que rei sou eu (Parte 2)

Quem não sabe pode ser chamado fera,
Quem não sabe o que é, fere, se ferra.
Nossa raça é toda igual, temos que nos matar
Por um ideal.

E aqui não me refiro só aos fortes vira-latas,
Infectados de esgoto a céu aberto.
Aqui me refiro àqueles como eu,
Sendo cada um um eu concreto.
Todos nós mataríamos por não saber o valor das coisas,
Ou se as coisas realmente têm valor,
E por isso nos matamos, sem saber, sem querer,
Querendo, sabendo, planejando e muito mais,
Pois somos criativos.

Sou fera, quem dera fosse uma formiga,
Em um dia, uma vida organizada.
Se uma abelha, nunca a rainha,
Longeva e responsabilizada.
Sou fera e ainda por cima sou covarde.

Ardo no infernal prazer de me sentir o homem mais rico do mundo.
Pra dizer como me acho normal, acabo sendo profundo, e no fundo
No fundo eu confundo.
Infelizmente existe muita gente, nem todos gostam da mesma cor,
Alguns plantam a raiva, outros plantam amigos e colhem amor.
Nós somos feitos de terra, nossa mãe terra, essa matéria em que tudo brotou,
Não existe homem que a terra não pariu e não tragou.
A profundeza da terra foi a primeira casa que Deus morou.

Minha fortuna são os amigos que da terra brotou.
Alguns eu plantei, outros ela me regalou.
De qualquer maneira cabe a mim regar,
Eles são meu alimento, minha água, meu sangue, meu ar.

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