domingo, 30 de marzo de 2008

Métrica?

Eu sei que você não fode,
Eu sei que você cospe ou engole o catarro,
Eu sei que você se coça em cada buraco.
E daí?
Você daí e eu daqui.
Hoje eu acordei no meio do monte,
De verdade, um pueblo de 50 casas.
Se eu soubesse pintar como Van Gogh,
Quem sabe...
Eu pensei em você, pensei em mim,
Cê sabe... Não tem tamanho para saudade.
Perguntaram-me se eu tenho métrica,
Se minha poesia tem cuidado,
Talvez tenha, outra vez não...
Digo isso pra não dizer que não sei,
Porque tenho vergonha de dizer que não sei o que é métrica,
O que é a poesia.

Costumo conversar demais, falar demais e não comer.
A comida esfria, ninguém concorda comigo,
Eu discordo de mim e perco a fome.
Geralmente uso argumentos completamente alheios às conversações.
Quase ninguém percebe, só um primo que está me conhecendo.
Todas regras têm exceções? Então ninguém desconfiava da verdade absoluta.
Ninguém não! Ninguém não! Tem que haver alguma exceção!
É uma regra que “toda regra tem uma exceção”?
Então “alguma regra não tem nenhuma exceção”
É exceção a essa regra. Contradição!
Ninguém desconfiava da verdade absoluta.

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