sábado, 15 de marzo de 2008

Tudo quando nasce, cresce,
Perece quando morre.
Tudo em mim faz tudo isso ao mesmo tempo,
Nada faz isso ao mesmo tempo.
Eu e nada, mesma coisa.

Todos são objetos,
mas algum em tudo nada como eu.
E assim me aperto,
Tentando me olhar de perto,
Com pressa porque pereço,
Como medo de desconcentrar
Na abstração do ponto certo.

O suspiro final, afinal, é um suspiro igual,
E como tal eu respiro sem medo do suspiro final.
No fim do meu mundo,
Que é igual ao fim do mundo todo de todo mundo,
Quero pensar que é igual o ar e eu, vai e volta,
Nunca o mesmo e sempre igual.

Banal! Eu e nada a mesma coisa,
Nada mal.
Pelas linhas dessa poesia toda letra,
Com um peixe,
Nada mal.
Na geometria nauseante do mar se
Nada mal.

Sou nada, quando morrer serei tudo, dá igual.
O pedaço gigante de pedra não existe mais,
Mas ali tem uma praia, um cais.
Ali o que era pedra agora é tudo e nada mais.

1 comentario:

João dijo...

Subjetivo. Inteligente e bem delineado como todos os seus raciocínios. Só peço que escreva mais, você meu ídolo, filósofo transoceânico!