martes, 1 de abril de 2008


As Profecias

Composição: Raul Seixas / Paulo Coelho

Tem dias que a gente se sente

Um pouco, talvez, menos gente

Um dia daqueles sem graça

De chuva cair na vidraça

Um dia qualquer sem pensar

Sentindo o futuro no ar

O ar, carregado sutil

Um dia de maio ou abril

Sem qualquer amigo do lado

Sozinho em silêncio calado

Com uma pergunta na alma

Por que nessa tarde tão calma

O tempo parece parado?

Está em qualquer profecia

Dos sábios que viram o futuro,

Dos loucos que escrevem no muro.

Das teias do sonho remoto

Estouro, explosão, maremoto.

A chama da guerra acesa,

A fome sentada na mesa.

O copo com álcool no bar,

O anjo surgindo no mar.

Os selos de fogo, o eclipse,

Os símbolos do apocalipse.

Os séculos de Nostradamus,

A fuga geral dos ciganos.

Está em qualquer profecia

Que o mundo se acaba um dia.

Um gosto azedo na boca,

A moça que sonha, a louca.

O homem que quer mas se esquece,

O mundo dá ou do desce.

Está em qualquer profecia

Que o mundo se acaba um dia.

Sem fogo, sem sangue, sem ás

O mundo dos nossos ancestrais.

Acaba sem guerra mortais

Sem glorias de Mártir ferido

Sem um estrondo, mas com um gemido.

Os selos de fogo, o eclipse

Os símbolo do apocalipse

A fuga geral do ciganos

Os séculos de Nostradamus.

Está em qualquer profecia

Que o mundo se acaba um dia (3x)

Um dia...

Sim, sim, sim...

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