jueves, 24 de abril de 2008

Fluido amor



Eu sou um alguém que se engana tanto
Que engana primeiro quem ama.
Portanto engano você, te amo, me odeio
Por não ser do jeito que você quiser.

É o que há.
Se a vida fosse feita com um manual do amor,
Onde a gente preferisse sempre a mesma cor,
Ficaríamos malucos no mar de amar.
Fica maluca, Fica a amar.
Fico a amar, Fico maluco.

Não sei amar mais pelo bem da sobrevivência:
Se eu me amasse demais me afogaria em mim,
Se eu te amasse demais afogaria nós dois,
A inundação do amor maior que qualquer arca,
Que preencheria o vácuo do universo,
Faria nula a distância entre todos os corpos interpenetrados
Pelo fluído, sim, fluidíssimo amor.

Somos feitos de forma que amamos, queremos,
E temos que saber medir, para não enlouquecer,
Para não perder o sentido entre eu e eu, eu e tu, nós e eles.
Obrigado por estar viva, permaneça assim o máximo de tempo possível.
Serei como o cultivador, farei crescer e florescer o nosso amor,
Nossa vida comum vai crescer, se fortalecer, integrar,
Vai nascer uma interseção entre o meu e o seu sonhar,
Basta saber regar, não desatender, não exagerar.

2 comentarios:

João dijo...

nao sei pq não postou aqueles poemas anteriormente. Vc escreve muito bem, rapaz.
Não tô afim de fazer nenhuma crítica não.
Abraço

João dijo...

bicho, vc é o seu maior crítico. Aliás, vc é seu único crítico. Quando (oq acho muito difícil de acontecer) vc escrever alguma porcaria, falarei imediatamente. Por enquanto devemos apenas nos preocupar em escrever!