lunes, 14 de abril de 2008


Mais uma vez me remeto a missão
De me meter a me desenbolar.
Meu conflito é maior que eu,
Não cabe na visão, acaba na imensidão.
De verdade! Que triste essa minha vontade
De me conhecer! Que fazer? Chorar?

Não posso gritar, sou cachorro domesticado,
Gato que só mija na areia, de liberdade alheia.
Ninguém quer me escutar, é fácil compreender,
Se nem eu tenho paciência pra me explicar...
É demência, é mentira, é incompetência, seja o que for,
Seja eu quem for, tô enforcado, fodido, agoniado.

Sorrio, quase sempre. Casa da paz é o sorriso quem faz.
Rima mais quem coleciona rima na gaveta de atrás.
Brincar de trincar cravos na prateleira é brincadeira,
Maneira de passar o tempo com um treco no trampo.
Sorrio até com feridas infantis, inseridas numa vida como eu quis.
Falo sozinho comigo mesmo:
Tem alguém ai? De verdade?

1 comentario:

João dijo...

Arvoredo

Estamos perdidos
E somos poucos
O que parece ruim
É ruim
Mas achamos ótimo
Trilhar a busca
Autoconhecer-se
Cheios de referências
Sem objetivos
Repletos de não-querer
Tem alguém aí?
Pergunto-me eu
Pergunta-se um amigo
Estamos perdidos
Mas temos a busca
Transpor o oceano
Galgar o cume
Pular, afogar, nascer de novo
Apenas começamos
E começar é difícil
Ainda mais quando só
Por dentro
Estômago de galinha
Sem saber, temendo, querendo
Não somos perdidos
Estamos, estivemos
É o princípio
É importante estar perdido
Daqui partiremos
Olhos arregalados
Mãos suadas
Onde? Onde?
Chegaremos
Nem quando nem como
Perdidos
Estaremos lá

(inspirado em sua palavra)